domingo, 20 de junho de 2010

Carolina, a alcoólica sem cabelo...!




gritos mudos, palavras e choros entalados na garganta, um fundo aperto nos braços, nas pernas, no peito, daqueles como os de alguém que sofre por dentro, que se contém, e não respira. Os dedos dos pés recolheram, recolheram tanto e de tal forma que até os joelhos começaram a sentir, a doer. O transpirado da angústia e do desespero de quem não sabe solucionar o que se lhe opõe, a moderada e suave humidade que percorre toda a cara de quem mergulha num poço de lágrimas. E no meio de um respirar ofegante e saturado, finalmente sai um pequeno murmurio desorientado de aflição:

- Só queria o meu cabelo de volta...!

Carolina, Onze de Junho de 2010

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